Por Adriel Silva
Em
2010 o Brasil teve um PIB de R$ 3,675 trilhões de reais o que ajudou o País a
se tornar uma das 7 maiores economias do mundo. Desse valor total o Rio Grande
do Norte geralmente contribui com menos de 1%, como foi registrado, por exemplo,
nos anos de 2008 e 2009. Dentro destes números são encontradas desde grandes
empresas exportadoras até a pequenos negócios e trabalhadores autônomos. E é
entre esses números e empresas que um anônimo vem ganhando espaço numa área que
cresce cada vez mais espaço no cenário do comercio nacional, o comercio via internet
também conhecida como e-commerce.
Dono de uma empresa que vende camisetas
e acessórios via internet, Juliano de Moura Caetano é um dos anônimos que, se
aproveitando da economia forte, resolveu desenvolver o seu próprio negócio, A
RedBug camisetas. Segundo dados da pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor,
realizada em 2010 e aqui no Brasil, divulgados pelo SEBRAE, 21,1 milhões de
brasileiros realizaram alguma atividade empreendedora. Quando questionado sobre
o que o levou a investir numa empresa que produziria camisetas com estampas bem
humoradas para serem vendidas na internet, a sua resposta foi direta: “Sempre gostei desse tipo de humor que fazemos na
RB, mas não precisaria ser necessariamente em camisetas. As camisetas foram uma
oportunidade”
Antes
de criar a sua empresa ele trabalhava numa agência de propaganda.
O que o levou a arriscar um caminho diferente provavelmente foi o mesmo motivo
que elevou as estatísticas do empreendedorismo no Brasil, o bom momento vivido
pela economia do país. Mas por outro lado, o bom momento da
economia não significa uma certeza de sucesso e de que tudo se desenvolva de
forma fácil, entre as maiores dificuldades, Juliano Caetano aponta os custos de
investimento iniciais por serem altos e o relacionamento com as pessoas. O
número de empresas que pedem falência nos primeiros 3 anos de vida é bastante
alto. A RedBug camisetas, a empresa do entrevistado, talvez tenha sobrevivido a
esse período graças, em parte, do auxilio de instituições como o SEBRAE e o
apoio encontrado no Núcleo de Incubação tecnológica, localizado no IFRN. Com
menos despesas e um maior apoio, financiamento e ausência de algumas despesas fica
mais fácil reverter o dinheiro que seria destinado à parte dos gastos para
outras áreas como produção e marketing. Mais do que no âmbito financeiro, o
apoio se dá também na forma de orientações de como abrir uma empresa, saber
trabalhar com os custos, entre outras orientações e oportunidades oferecidas às
empresas, que servem para que o empresário seja capaz de fazer a sua empresa a
“andar com suas próprias pernas”.
Esse mesmo apoio, apontado por Juliano Caetano
como uma grande ajuda, é também vista por ele como um recurso que poderia ser mais
bem utilizado, já que em função da pouca divulgação em cima deste tipo de auxílio,
muitas empresas são criadas e em seguidas tem de lutar no mercado por um espaço
próprio no mercado, muitas vezes disputando lugar com empresas já consagradas,
estáveis e com um publico fiel. Então, é nessa busca por espaço com outras
empresas, entre outros fatores, que as empresas recém criadas muitas vezes não
conseguem caminhar com suas próprias pernas e vai à falência, o que explica, em
parte, o alto índice de empresas que não sobrevivem ao 3º ano de existência.
O
empresário Juliano Caetano, um entre os 21,1 milhões de brasileiros que
desenvolveram alguma atividade empreendedora no ano de 2010
Outra
razão para que sua empresa tenha sobrevivido aos 3 primeiros anos de vida seja
a área de negócios escolhida pela mesma. Se o produto que ele se propõe a
vender fosse oferecido apenas em loja física, provavelmente a questão do público
atingido seria bem pequeno, ainda mais em função do público alvo dos seus
produtos, jovens nerds. Mas se por um
lado o publico local seja relativamente pequeno, o comercio eletrônico permitiu
ao empresário ter a disposição um meio de vender o seu produto de forma mais
abrangente e até menos custosa em alguns aspectos. Para se ter uma ideia, o
comercio eletrônico faturou em 2010 um total de R$ 14,8 bilhões, e é apostando
nesse tipo de comercio que atinge 70% dos internautas brasileiros segundo a companhia de pesquisas e
analises de marketing na internet, comscore, que uma das estratégias da empresa
que tem um público jovem é investir também em mídias sociais,
onde há um maior contato com o público além de uma maior divulgação dos
produtos.
Apesar da
distância física existente entre a empresa e o consumidor final, o entrevistado
destaca que os maiores compradores estão na região Sudeste, principalmente no
Estado de São Paulo, onde estão aproximadamente 40% dos clientes segundo o
entrevistado.
Mas ao
mesmo tempo, que a internet se tornou um aliado, ele aponta para a desvantagem
de que, embora permita um contato maior com o cliente, não permite um contato
maior do cliente com o produto que acaba comprando um produto apenas através de
uma foto, sem poder tocá-lo ou vê-lo pessoalmente. Mas apesar das dificuldades,
os números apresentados servem para apoiar um pouco o que se reflete na entrevista
do Juliano Caetano, que a forma como o comércio vem sendo feita e a própria
economia do país está mudando, fazendo surgir novas oportunidades e maneiras
para quem deseja ser um empreendedor também.
Racionais mc²: Sigmund Freud, Albert Einstein, René Descartes
em um jogo de palavras entre o grupo de rap homônimo. exemplo do humor presente
nos produtos da empresa.
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